Escritor português António Andresen Guimarães lança livro de História-literatura na Bienal mineira

Lançamento acontece no dia 9 de maio, às 14h30, juntamente com os escritores J.D. Vital e Jeter Neves, com mediação de Júnia Carvalho

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O advogado e escritor português, António Andresen Guimarães, lança a edição brasileira de seu livro “Cypriano Joseph da Rocha. Relato de uma vida entre Portugal e o Brasil na Idade do Ouro”, dentro da Bienal Mineira do livro 2025. Ele participa da mesa sobre “Quando a HISTÓRIA se torna LITERATURA…”, dia 9 de maio, às 14h30, juntamente com os escritores J.D. Vital e Jeter Neves, com mediação de Júnia Carvalho.

Após seis gerações, Guimarães escreve um ensaio sobre o seu hexavô português, Cypriano Joseph da Rocha. A obra é editada pela Krauss Editora como parte da história desse português, entre o Brasil e Portugal, transformada em literatura, a partir das dezenas de cartas que Cypriano escreveu para a esposa, depois que deixou Lisboa, em 26 de maio de 1728, na Ribeira das Naus.

Cypriano José da Rocha seguiu com os dois filhos, um de quinze anos e outro de onze. O destino era a capitania da Baía, na colônia brasileira, com a missão de assumir o cargo de juiz dos órfãos, determinado pelo rei D. João V, o Magnânimo. Alguns anos mais tarde se tornou o ouvidor-geral da comarca do Rio das Mortes, na capitania de Minas Gerais, extenso território que, provavelmente, não sabia, mas era maior que o país natal.

Habilmente, Guimarães escreve o ensaio, percorrendo trajeto da vida do hexavô, tanto privada como pública, focando no período brasileiro, destacando a missão na Capitania de Minas que levou o ouvidor-geral da Comarca do Rio das Mortes sertão da Mantiqueira adentro. Ele ultrapassou rios e serras e, ainda, fundou o “Arraial de São Cipriano”, que, posteriormente, se tornaria todo o Sul de Minas.

A história ainda aproveita a correspondência do casal para apresentar como Cypriano se integra ao Novo Mundo, após se adaptar ao clima, à alimentação, aos costumes e à vida social de um território em expansão para novas fronteiras. Os nove capítulos, ao longo das 288 páginas, convivendo com as mutações econômicas, sociais e políticas que o novo ciclo do ouro proporcionou à América portuguesa.

O ensaio biográfico, editado em capa dura, foi lançado no Brasil para relembrar a história do ouvidor-geral da Comarca do Rio das Mortes, da Minas Setecentista, durante a década 1730-1740, cuja sede era a Vila de São João d’El-Rey, com destaque para “fundação” de um Arraial em 1737.

António Andresen Guimarães é advogado licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e exerce a advocacia desde 1980, no âmbito de uma sociedade de advogados lisboeta, sendo um dos sócios fundadores. Ele publicou diversos artigos técnico-jurídicos em revistas portuguesas e internacionais. O interesse pela história e arquivos documentais familiares o conduz à investigação e à aventura pela escrita sobre esses temas.

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