Pesquisa revela baixa procura para avaliar saúde ocular

Dados apontam que 74% dos brasileiros procuram um oftalmologista somente quando sentem alguma alteração na visão

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Uma pesquisa do Ibope revelou que 34% dos brasileiros nunca consultaram um médico oftalmologista para avaliar a saúde ocular. A taxa é alarmante e corresponde a um terço da população. Os resultados ainda apontaram que 44% das pessoas, nas classes D e E, cujas famílias recebem R$700 por mês, não possuem o hábito de consultas periódicas para analisar a qualidade da visão.

A maioria dos participantes (74%) confidenciou que somente procura um oftalmologista, quando sente alguma alteração ou problema indicador da necessidade de avaliar ou não o uso de óculos ou tratamento para melhorar os sintomas.

Ainda de acordo com o levantamento, 28% dos entrevistados afirmaram sofrer com algum tipo de doença ocular e outros 61% conhecem uma pessoa que se encaixa nesse quadro. O risco dessa situação é bastante perigoso, uma vez que diversas patologias oculares evoluem para uma cegueira irreversível.  Muitas dessas condições também estão mais propensas a se desenvolverem devido a hábitos inadequados, pela genética e, ainda, em razão do envelhecimento, como a catarata, cada vez mais comum, à medida que a população apresenta maior longevidade. 

Outro dado relevante está no fato de 38% das pessoas, acima dos 40 anos, afirmarem conviver com algum tipo de doença ocular, sejam as mais comuns, como presbiopia, a famosa vista cansada, ou os erros refrativos, incluindo a miopia, astigmatismo e a hipermetropia, aos tipos mais graves.

A oftalmologista e diretora do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Juliana Guimarães, alerta que além dessas doenças, a conjuntivite, glaucoma, ceratocone, retinopatia diabética, a degeneração macular e a uveíte são bastante frequentes e com  algumas características similares entre si, inclusive, pela “probabilidade de não apresentarem sintomas quando surgem e, sim, apenas em casos já graves”.

O glaucoma, por exemplo, provoca a elevação da pressão intraocular, afetando o nervo óptico até a perda completa da visão, caso um tratamento não aconteça. Vale lembrar que se trata do principal tipo mundial de cegueira irreversível.

Juliana recorda que a manutenção da consulta oftalmológica anual permite o tratamento precoce, com maiores alternativas para os cuidados, envolvendo o uso de óculos de grau, lentes de contato, medicamentos e até procedimentos cirúrgicos, de acordo com a necessidade de cada caso. 

É preciso ainda ter atenção a ações cotidianas, consideradas prejudiciais, como o ato de coçar os olhos, não usar óculos de sol, não seguir as instruções do fabricante das lentes de contato, compartilhar objetos pessoais, fumar e se expor constantemente às telas. Todas as precauções, consequentemente, propiciam maior qualidade de vida, evitando que a falta de prevenção amplie os números nessas estatísticas.

Foto: Freepik

Fonte: Multi Comunicar/Assessoria de Comunicação

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