Hipertensão arterial é cada vez mais comum e compromete saúde vascular

O envelhecimento e os maus hábitos  comprometem o adequado funcionamento do corpo, provocando problemas como a hipertensão que prejudicam a saúde vascular. Uma pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2023, apontou que aproximadamente 28% da população brasileira – cerca de 50 milhões de adultos – apresentam hipertensão arterial. Os dados revelaram que as mulheres possuem maior prevalência do problema do que os homens – 29,3% contra 26,4%, em todas as capitais brasileiras.

Popularmente conhecida como pressão alta, o cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV)m Josualdo Euzébio Silva, explica que a hipertensão arterial é uma condição crônica decorrente do aumento da pressão sanguínea. Por muitos anos, a pressão 120 por 70 mmHg – lida 12 por 7 – era considerada normal, mas agora, especialistas e órgãos de saúde internacionais, como a Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) consideram o valor, pertencente a categoria “elevada”, sendo um passo antes do diagnóstico da doença propriamente dito.

Um dos grandes riscos da pressão elevada está no comprometimento da saúde vascular, danificando vasos sanguíneos e, consequentemente, os órgãos. A condição exige do coração bombear com mais força, para manter a circulação excessiva. Dessa forma, as artérias passam a trabalhar mais e a pressão do sangue deixa as paredes delas mais fragilizadas, estreitas e rígidas, dificultando o fluxo sanguíneo.

Josualdo afirma que as consequências dessa situação causam outros problemas, como a maior probabilidade de coágulos sanguíneos – a chamada trombose – o eventual entupimento da veia – seja pelo coágulo ou a aterosclerose, conhecida como colesterol alto – o seu rompimento – aneurisma – e a origem de doenças cardiovasculares.

As consultas rotineiras com um cirurgião vascular são importantes para prevenir complicações, sobretudo, quando existem casos familiares, indicando o risco genético. Os médicos angiologistas também podem diagnosticar a hipertensão arterial e, se necessário, recomendar medicamentos para baixar a pressão, mantendo-a controlada.

Fonte: Multi Comunicar/assessoria de comunicação

Foto: Freepik

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