O acidente vascular cerebral é uma das principais causas de morte no mundo e no Brasil. Uma pesquisa revelou o dado alarmante de que um brasileiro morre a cada 6,5 minutos, aproximadamente. As informações foram divulgadas pela consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares Planisa, que ainda apontou que, entre 2019 e 2024, foram registradas 85.839 internações decorrentes dessa condição. Os dados mostraram que a maioria dos pacientes permaneceu internada por 7,9 dias. Cerca de 25% deles foram para unidades de terapia intensiva (UTI) e 75%, enfermarias.
Segundo o cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Josualdo Euzébio Silva,o AVC surge da interrupção do fluxo sanguíneo para parte do cérebro. A ação é capaz de originar uma série de danos, uma vez que o órgão passa a não receber sangue e oxigênio adequados. A condição é ainda, dividida em dois tipos, de caráter isquêmico – quando há falta de sangue – ou hemorrágico, rompimento de uma veia ou artéria ocorre.
Alguns fatores de risco para o problema são a genética, idade avançada, sedentarismo, obesidade, diabetes, hipertensão, consumo excessivo de álcool, cigarro e outros tipos de drogas, a trombose e a aterosclerose. As duas últimas patologias são completamente vasculares.
A trombose surge a partir da formação de coágulos de sangue nas veias, obstruindo-as, impedindo o fluxo sanguíneo. Já a aterosclerose, também conhecida como colesterol alto, ou seja, o excesso de gordura acumulada nos vasos, deixa-os mais estreitos e também os endurece.
O problema é mais comum entre homens. O conhecimento dos sinais permite prevenir sérios danos, como sequelas motoras, cognitivas e a morte. “Alguns dos sintomas são fraqueza em um lado do corpo, a perda de equilíbrio, dormência, tontura, dificuldades na fala ou para compreender o que está sendo dito, alterações na visão, dor de cabeça intensa”, explica Josualdo.
A consulta com um cirurgião vascular é essencial, sobretudo, quando o indivíduo apresenta fatores de risco. O médico pode recomendar exames complementares, dar dicas para cuidar da saúde – como atividade física e alimentação saudável – e, até mesmo, receitar medicamentos, como anticoagulantes para casos de trombose.
As cirurgias também são uma opção, contudo, somente indicadas quando os medicamentos não se mostram eficientes. O médico ainda recorda que um dos métodos mais modernos é a angioplastia de stent, pouco invasiva, sendo usada em quadros de trombose e aterosclerose, proporcionando maior conforto e qualidade de vida.
Fonte: Multi Comunicar/Assessoria de Comunicação
