Pacientes dividem espaço com obras em UPA de Brumadinho

O problema, conforme levantado pelos usuários, não é a obra em si, mas a falta de isolamento onde acontece as intervenções

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Pacientes, acompanhantes e funcionários da UPA – Unidade de Pronto Atendimento -de Brumadinho têm enfrentado há dias, os transtornos causados com obras de pintura e reforma de alguns espaços dentro da unidade. A situação tem provocado preocupação e desconforto diante das condições de saúde de muitos pacientes, principalmente aqueles que chegam com problemas respiratórios.

O problema, conforme levantado por alguns usuários, não é a reforma em si, mas, a falta de isolamento dos espaços onde estão acontecendo as obras. Imagens enviadas ao jornal Folha de Brumadinho mostram, por exemplo, o setor de observação, onde os pacientes precisam dividir espaço com os pintores. As alas masculinas e femininas tiveram que ser juntadas, enquanto os usuários respiram pó, cheiro de tinta e têm que lidar com o barulho constante.

“A gente sabe que a condição do espaço precisa melhorar. Não somos contra as obras de melhorias, mas tem coisas que não podemos admitir. Estamos lidando com questões de saúde. Pacientes chegam aqui com problemas muito sérios, inclusive respiratórios, que nesta época do ano se agravam, temos que ficar no meio disso. É muito preocupante”, relata uma usuária da UPA que não quis se identificar.

Profissionais confirmaram que houve necessidade de reorganizar o espaço, colocando mais pacientes juntos, mas afirmaram que tentam manter o atendimento funcionando normalmente, apesar dos transtornos.      

Nossa reportagem questionou a prefeitura a respeito da situação na UPA. Em nota, o órgão informou que a unidade passa por uma intervenção essencial para a implantação de equipamentos de alta tecnologia no setor de radiologia, além de melhorias em outros espaços e que as obras já estão em fase final de execução. A prefeitura disse ainda, que, reconhece os incômodos pontuais causados, mas que desde o início foram tomadas medidas para minimizar os transtornos, sem que houvesse prejuízos à assistência prestada aos pacientes.

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