Projeto de mineradora é barrado entre Bonfim e Brumadinho
Moradores de comunidades entre Brumadinho e Bonfim comemoram o indeferimento de implantação do projeto da mineradora Alaska que pretendia se instalar na região. Uma decisão técnica da Semad – Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, reprovou o empreendimento, que segundo moradores, poderia atingir diretamente as comunidades de Eixo Quebrado, Aroucas, Fundão Frio e Caetano José, além de colocar em risco, o Ribeirão Águas Claras, um dos principais afluentes do Rio Paraopeba.
O relatório técnico apontou diversas irregularidades no processo de implantação da atividade minerária, entre eles: a inviabilidade técnica da implantação do acesso da mina à rodovia, pela proximidade de áreas residenciais; EIA/Rima com falhas metodológicas, subestimando impacto no tráfego de caminhões; impactos ao entorno da comunidade Aroucas, com medidas mitigadoras consideradas insuficientes pela análise técnica; falhas graves na condução e na apresentação do projeto à comunidade; caracterização socioambiental incompleta, especialmente no entorno do empreendimento; além da atividade não atender às exigências técnicas e legais para emissão de licença ambiental.
Moradores alegam que a atividade minerária na região traria sérios impactos, com risco de contaminação da água, emissão de poeira tóxica e degradação do solo na região. Representantes comunitários ressaltaram a importância da conquista para a região, que de acordo com eles, foi fruto da união e participação de todas as comunidades.
O jornal Folha de Brumadinho não conseguiu contato com representantes da mineradora Alaska.
