Aumento de problemas vasculares entre jovens acende alerta para vida mais saudável

As campanhas de conscientização, como o agosto azul vermelho, incentivam os cuidados, evitando ocorrências, como a trombose e o acidente vascular cerebral (AVC), cada vez mais comuns entre os jovens

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A saúde vascular é essencial para o funcionamento adequado do corpo humano, contudo, grande parte da população se preocupa apenas quando os sintomas aparecem. As campanhas de conscientização, como o agosto azul vermelho, incentivam os cuidados, evitando ocorrências, como a trombose e o acidente vascular cerebral (AVC), cada vez mais comuns entre os jovens.

A angiologia e cirurgia vascular se dedicam ao diagnóstico e tratamento das doenças do sistema circulatório, envolvendo artérias, veias e os vasos linfáticos. Vale alertar que, por estarem espalhadas pelo corpo, diversos são os problemas, muitas vezes, silenciosos.

Uma das condições mais frequentes e, facilmente reconhecíveis, são as varizes. De acordo com o cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Josualdo Euzébio Silva, a condição ocorre com a dilatação das veias, em tom azulado ou arroxeado, sobretudo, nos membros inferiores, muito comuns na terceira idade e entre as mulheres, atingindo aproximadamente 45% delas, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Quando não tratada, evolui para outras doenças, como úlceras e trombose.

A trombose também é bastante perigosa, sendo cada vez mais diagnosticada no Brasil. A SBACV aponta que 500 mil brasileiros foram internados, entre 2012 e 2023 e, aproximadamente 180 mil são afetados anualmente por essa patologia. Os hábitos de vida inadequados são considerados os principais vilões para a elevação de casos em jovens, culminando em outras condições, como a embolia pulmonar, de caráter fatal.

O AVC é mais uma doença que está ganhando espaço em uma faixa etária mais jovem do que a prevista – 65 anos ou mais. Para se ter ideia, o Ministério da Saúde, aponta que é a segunda causa mais frequente de mortes no Brasil, responsável por cerca de 112 mil óbitos ao ano. O mesmo acontece, quando o fluxo sanguíneo do cérebro é interrompido ou reduzido, por um entupimento ou rompimento, que aumenta a pressão do local e impede que o órgão seja alimentado adequadamente, com o oxigênio e nutrientes. 

O aneurisma também requer atenção, pois se desenvolve em qualquer artéria, sendo mais comum no abdome, pescoço, atrás dos joelhos, braços e cérebro. “A patologia é um tipo de malformação, comumente ocorrida, devido a uma dilatação considerada anormal e, muitas vezes, silenciosa, a ponto de perdurar por toda a vida, sem que a vítima tenha conhecimento”, explica Josualdo.

Como a área vascular é ampla, a atuação do profissional também é, o que o torna capaz de diagnosticar outros casos, como isquemias, doença arterial periférica, aterosclerose, pé diabético – e todas as alterações vasculares, causadas pelo descontrole da glicose -, lipedema, linfedema e realizar cirurgias para a aplicação de stents – visando dilatar as veias – por exemplo e, até mesmo, tratar doenças graves, como o câncer, através de um método chamado embolização.

Ter conhecimento sobre o histórico familiar facilita o acompanhamento profissional, que deve ser de preferência, feito anualmente para prevenção. O cirurgião ainda afirma que adotar práticas saudáveis ainda garantem maior segurança, como a prática de atividade física, alimentação balanceada, controle de condições secundárias – como a hipertensão, ansiedade e estresse – e o abandono do cigarro, considerado extremamente prejudicial para a saúde vascular, já que os componentes afetam a composição dos vasos, deixando-os mais frágeis.

Fonte: Multi Comunicar/ Assessoria de Comunicação

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