Silenciosa e muitas vezes fatal, a trombose é uma doença cada vez mais comum no Brasil, a ponto de registrar, apenas durante o primeiro semestre deste ano, mais de 36 mil casos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O resultado é quase metade do valor previsto para o ano.
Em 2024, foram mais de 75 mil registros, mas o que de fato é a trombose? A doença surge a partir da formação de coágulos, chamados de trombos, capazes de diminuir ou bloquear o fluxo sanguíneo adequado para veias e artérias, originando uma série de problemas.
Segundo o cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Josualdo Euzébio Silva,a trombose é mais comum nos membros inferiores – porém, pode acometer qualquer veia ou artéria do corpo -, cuja circulação sanguínea é, naturalmente, mais lenta e precisa de impulso para fazer o percurso de volta ao coração. “Quando o sangue permanece muito tempo parado em um local, maiores são as chances para formação de coágulos”, explica.
A condição é muitas vezes silenciosa, o que contribui para evoluir sem que a vítima tenha conhecimento da patologia. Uma vez em um estágio mais sério, os primeiros sinais aparecem, indicando a necessidade de atendimento rápido e especializado. Normalmente, os sintomas apresentam dor e peso no membro atingido, percebem um evidente inchaço e alterações na aparência, textura e temperatura da pele.
Para evitar a trombose, é preciso atenção com com o estilo de vida e os fatores de risco, como genéticos; sedentarismo; obesidade; diabetes; colesterol elevado; idade avançada; longos procedimentos cirúrgicos que requerem imobilidade prolongada; consumo de álcool e/ou tabaco e ser mulher – uma vez que o grupo sofre muitas alterações hormonais e costuma utilizar medicamentos à base dos mesmos, alterando a densidade do sangue.
Os grandes riscos da trombose são o amputamento de um membro e a embolia pulmonar, considerada de alto risco. Josualdo explica que o problema decorre do desprendimento do trombo do local de origem e sua chegada aos pulmões, bloqueando o fluxo sanguíneo da região e a uma série de sintomas, como dor no peito, falta de ar, taquicardia e tosse com ou sem a presença de sangue. O quadro deve ser tratado como uma emergência médica.
O tratamento da trombose varia de acordo com as características do caso, podendo ser cuidado de maneira clínica, com uso de medicamentos anticoagulantes, ou através de uma cirurgia para remoção dos coágulos ou abertura das veias estreitadas.
Fonte: Multi Comunicar/Assessoria de comunicação
