Cigarro é prejudicial para visão, até mesmo em fetos

Dados do Ministério da Saúde apontam crescimento de 25%, entre 2023 e 2024, da população adepta ao tabaco

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O cigarro é extremamente prejudicial para a saúde, situação que já é de conhecimento da população, mas deve ser sempre difundida em campanhas como o Dia Nacional de Combate ao Fumo, conscientizando sobre os  perigos do tabagismo, inclusive para a visão. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está lidando com um crescimento da população adepta ao tabaco, uma vez que, entre 2023 e 2024, o aumento foi de 25% – passando de uma prevalência de 9,3 para 11,7 – o maior valor, desde 2007, acendendo um alerta. 

O cigarro apresenta componentes prejudiciais e, no caso da visão, compromete a circulação sanguínea. Dessa forma, conforme explica a oftalmologista e diretora do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Juliana Guimarães, o produto afeta  a oxigenação de tecidos oculares, provocando problemas inflamatórios e oxidativos e, até, pode ser fatal ao evoluir para cegueira.

O hábito de fumar causa doenças oculares, como a catarata; glaucoma; degeneração macular; a síndrome do olho seco; retinopatia diabética e a uveíte. A catarata é o principal tipo mundial de cegueira reversível, muito comum entre idosos. Já o  glaucoma, é considerado o tipo mundial de cegueira mais comum de caráter irreversível. 

A catarata provoca o esbranquiçamento do cristalino, enquanto o glaucoma surge com a elevação da pressão intraocular, gerando danos ao nervo óptico, que liga os olhos ao cérebro.

A degeneração macular compromete a área central da retina, chamada de mácula, que, aos poucos, perde a capacidade de perceber detalhes, enquanto a retinopatia diabética decorre do descontrole dos níveis de açúcar no sangue, afetando os vasos oculares. 

A síndrome do olho seco é provocada pelas  substâncias tóxicas liberadas com a fumaça do hábito de fumar. O contato com a fumaça deixa os olhos ressecados, doloridos, vermelhos e com a visão embaçada. Além disso, a úvea – composta pela íris, corpo ciliar e coróide – pode ser atingida por uma inflamação. O risco dessa condição ocorrer entre fumantes é duas vezes maior. 

Juliana recorda que o perigo também envolve quem não fuma mas convive com quem tem o hábito, os chamados fumantes passivos. Vale alertar ainda que, apesar de parecer mais seguro, o cigarro eletrônico apresenta os mesmos riscos, pois tem nicotina, assim como, o vapor que leva a desconfortos.

O primeiro passo para melhorar a qualidade da saúde ocular é abandonar o tabaco. A recomendação é manter uma rotina anual de consultas com um oftalmologista para averiguar a saúde ocular. O diagnóstico precoce permite estabelecer um tratamento assertivo, evitando riscos como a perda total ou parcial da visão.

Fonte: Multi Comunicar/Assessoria de Comunicação

Foto: Freepik

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