Motoristas questionam a segurança e intervenções feitas na Estrada Nair Drumond

Segundo eles, nem mesmo a manutenção básica como limpeza de canaletas e colocação de Guarde Rei foram feitas

A chegada do período chuvoso está deixando moradores e motoristas que precisam passar diariamente pela estrada municipal Nair Martins Drumond, na Serra da Moeda, conhecida como a estrada do Topo do Mundo, preocupados. Em janeiro deste ano, uma avalanche de terra interrompeu a via em vários pontos e causou a morte de 5 pessoas da mesma família, além de destruir trecho da mata atlântica e casa dentro do condomínio Retiro do Chalé.

Apesar de já ter sido finalizada a primeira etapa das obras de recuperação da estrada, eles questionam as intervenções feitas no local. Segundo os moradores e motoristas, nem mesmo a manutenção básica como, a limpeza de canaletas e a colocação de Guarde Rei em pontos específicos da via foi feita. Outra observação é se a encosta tem estabilidade, já que nada foi colocado nos pontos de surgimento dos desmoronamentos.

De acordo com o projeto apresentado, a 1ª fase das obras contemplava a construção de pequenos barramentos ao longo do canal onde ocorreu o fluxo de detritos; a implantação de desvios de drenagem, a reconstrução de sarjetas, além da revegetação dos pontos de instabilidade ao longo do trecho interditado da estrada. Já a 2ª fase das obras deve ser realizada entre março e setembro de 2023 e serão instaladas as barreiras flexíveis.

O jornal Folha de Brumadinho procurou a prefeitura para falar sobre as intervenções feitas e a segurança do local. Em nota, o órgão informou que as obras foram entregues, conforme o cronograma, mas que a Defesa Civil Municipal está vistoriando e avaliando a estabilidade da via e que em breve irá se manifestar.

A Vale, responsável pela execução das obras no local, também foi questionada. Por meio de nota, a empresa informou que os trabalhos de recuperação da área foram realizados de acordo com o previsto para a primeira etapa e frisou ainda que foram feitas a limpeza e construção de barreiras de contenção de material remanescentes do pé da encosta natural, além da recuperação do sistema de drenagem e outras correções ao logo da estrada.