Carretas em comboio transitam normalmente pelo centro histórico de Piedade do Paraopeba

Pelo menos dois decretos municipais, o 325/2013 e o 67/2022, proíbem o tráfego de caminhões de transporte de minério e veículos com cargas acima de 20 toneladas na localidade

Há meses, moradores de Piedade do Paraopeba denunciam a circulação de carretas de minério pelo centro histórico do distrito. Segundo eles, a situação tem sido registrada com frequência. Os flagrantes são feitos diariamente e em qualquer hora do dia.

Na noite dessa segunda-feira, moradores registraram mais uma vez, a passagem de um comboio, de pelo menos 5 carretas, pela rua da matriz, a principal via da comunidade. No local está a igreja tricentenária Nossa Senhora da Piedade, que está em processo de restauração, além de dezenas de casarões antigos.

Pelo menos dois decretos municipais, o 325/2013 e o 67/2022, proíbem o tráfego de caminhões de transporte de minério e veículos com cargas acima de 20 toneladas na localidade.  O objetivo é proteger o patrimônio histórico e cultural de Piedade do Paraopeba dentro do perímetro urbano. Mas, a legislação vem sendo descumprida por caminhoneiros e empresas, mesmo após a colocação de placas de sinalização na região.

A norma estabelece autorização especial para a circulação apenas de veículos da prefeitura e para aqueles que prestam serviços de utilidade pública, desde que não haja rota alternativa. Para isso, o condutor precisa estar de posse de uma autorização de tráfego, fornecida pelo, SETRANSB – Serviço de Trânsito de Brumadinho.

Em janeiro deste ano, o jornal Folha de Brumadinho voltou a cobrar explicações sobre a falta de fiscalização na região. Em nota, a prefeitura disse que iria comunicar à Polícia Militar sobre a situação e identificar os motoristas e donos dos veículos, mas até hoje nada foi feito.  

Já a Polícia Militar informou que aguarda a criação do órgão de trânsito por parte da prefeitura e a assinatura de um convênio com a corporação, para então iniciar as atuações de trânsito na região.