Depois de anos de espera, Vale retoma projetos de fomento da agricultura familiar

Há quase 3 anos, mais de 130 produtores rurais de Brumadinho aguardavam a implantação do projeto do programa de Fomento ao Agronegócio, que foram selecionados pela Vale, com o objetivo de garantir melhorias em diversos segmentos da produção agropecuária no município, além de promover o desenvolvimento da economia local. Ao todo, 192 propriedades rurais do município deverão ser contempladas.

O Programa de Fomento à Agricultura em Brumadinho é uma das obrigações da mineradora Vale, prevista no Acordo de Reparação Integral, assinado em 2021, juntamente com os compromitentes: Governo de Minas, Defensoria Pública de Minas Gerais, além dos Ministérios Públicos Federal e Estadual.

Iniciado pela Vale em 2020 e incorporado ao AJRI em 2021, o Programa foi estruturado em duas fases. Na primeira, foram oferecidas 5.980 horas de assistência técnica e 12 cursos de capacitação, realizadas 560 análises de tecidos vegetais, implantados 94 processos de rastreabilidade aos produtos de origem vegetal e realizados 230 análises de solo. Dentro da frente de apoio à comercialização, todos os agricultores receberam material publicitário e 43 participaram de sete feiras em Belo Horizonte.

Em 2022, a segunda fase do programa teve início em 60 propriedades rurais. Os projetos estão em andamento e incluem intervenções como a instalação de usinas fotovoltaicas; o fornecimento de materiais e equipamentos agrícolas; a construção de agroindústrias, aviários, currais e estufas; e a perfuração de poços. Até o momento, 41 miniusinas fotovoltaicas foram implantadas e 32 equipamentos como roçadeiras, motosserras e motocultivadores, dentre outros, foram entregues. Em março deste ano, as atividades foram iniciadas também nas outras 132 propriedades beneficiadas pelo programa, com a contratação das empresas que executarão os projetos.

Rastreabilidade agrícola
Entre as ações realizadas para potencializar a produção está a implantação da rastreabilidade agrícola para 94 agricultores. Com a tecnologia, os produtos rastreados recebem uma etiqueta com QR Code. A tecnologia permite ao consumidor final transparência em relação a origem do produto que está sendo consumido e facilita a entrada do produtor rural nos mercados mais exigentes. O processo de rastreabilidade conta ainda com análise de tecido vegetal e solos e, mediante qualquer inconformidade, é feita a orientação ao agricultor quanto as medidas a serem adotadas.

Foto: Divulgação/Vale