OAB cobra posicionamento das autoridades sobre condições precárias do Canil Municipal

Presidente da Comissão Estadual dos Direitos dos Animais disse que é inadmissível ver a situação dos animais

Em um encontro com o vereador Gabriel Parreiras, do PTB, a presidente da Comissão Estadual dos Direitos dos Animais da OAB/MG – Ordem dos Advogados de Minas Gerais – Fernanda São José, cobrou explicações e um posicionamento das autoridades municipais, policiais e judiciárias sobre as condições precárias encontradas nas últimas semanas no Canil Municipal de Brumadinho.  

Para Fernanda, é inadmissível ver a situação dos animais no estado que foram encontrados. “Eu fico indignada e entristecida em ter conhecimento que este absurdo esteja acontecendo em Brumadinho, uma cidade que tem recebido milhões de reais e que é conhecida pela sua cultura, pelo Inhotim, pelas suas belezas. Então, é vergonhoso para o Ministério Público de Brumadinho, judiciário, os delegados de polícia de Brumadinho, para o prefeito da cidade. Isso não ficará impune. Conte com a comissão da OAB”, afirma.
 
Na semana passada, após denúncias, o jornal Folha de Brumadinho publicou uma matéria sobre a situação de abandono dos animais no Canil Municipal. No local, muita sujeira, com fezes espalhadas no espaço, lixo, animal morto e até falta de água e comida. As imagens causaram indignação a população e as entidades de defesa dos animais.

Segundo o vereador Gabriel Parreiras, essa não foi a primeira vez que o Canil Municipal é encontrado em condições degradantes. O parlamentar ressaltou a importância de buscar apoio para acabar com esse absurdo que acontece em Brumadinho com a causa animal.

Após repercussão negativa sobre a situação precária encontrada no Canil Municipal de Brumadinho, ainda na semana passada, uma outra denúncia aponta possíveis irregularidades sobre um contrato de uma casa, onde seria instalado um outro Canil Municipal. De acordo com o vereador Daniel do Brumado, do Avante, a prefeitura alugou uma casa no valor de R$ 3.500,00 por mês. O contrato teria iniciado sua vigência em julho deste ano e com duração de 12 meses, totalizando 42 mil reais com o aluguel. Mas, no local, não foi encontrado nenhum animal e nem movimentação de adequação do espaço. O sítio Iracema está localizado em Alberto Flores. A prefeitura não se pronunciou nem sobre as condições dos animais e nem sobre o espaço alugado.