Autistas podem lidar com sensibilidade extrema à luz

A divulgação de informações e campanhas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) são cada vez mais necessárias. O transtorno provoca diferentes sintomas, comprometendo o cotidiano em vários níveis, inclusive em relação à visão.

O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento, indicando um desenvolvimento atípico que modifica, principalmente, o comportamento, através de déficits na comunicação e interação com outras pessoas, condutas repetitivas e um interesse bastante restrito a determinados temas.

Por alterar a forma como o cérebro entende os estímulos, o autismo também  provoca diferentes disfunções sensoriais, atingindo um ou mais dos chamados cinco sentidos: visão, tato, olfato, paladar e audição.

A oftalmologista do Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães, Paula Guimarães, explica que a queixa mais comum relacionada à visão é a fotossensibilidade, também conhecida como sensibilidade à luz. A condição faz os portadores verem uma luz mais brilhante do que realmente é, causando uma distorção nas imagens captadas.

A sensação é considerada bastante incômoda e os efeitos têm relação direta com alguns dos comportamentos, através da tendência de evitarem ambientes com muita iluminação, por exemplo. Assim, também acabam evitando passar mais tempo em contato com outras pessoas, reduzindo as chances de socializarem. O simples ato de brincar ou pegar objetos consegue ser desconfortável para quem possui tamanha sensibilidade.

Outro sintoma está na incapacidade de identificar expressões faciais de pessoas ao seu redor. É essencial entender o grau de sensibilidade para adequar o tratamento, visando proporcionar maior qualidade de vida. 

Em relação à visão, Paula afirma que o uso de óculos escuros, viseira e a adequação da intensidade da luz em ambientes internos, assim como a preferência por luzes incandescentes em vez de fluorescentes, garantem um maior conforto ocular.

Fonte: Multi Comunicar/assessoria de comunicação