Manifestantes cobram proteção da Serra da Moeda

Movimento é contrário às ações da mineradora Gerdau Açominas S/A, que explora a Mina Várzea do Lopes

Ambientalistas, moradores e diversos movimentos sociais participaram na manhã deste sábado, 31, de um manifesto em defesa da Serra da Moeda. O ato foi realizado no Mirante da Serra da Moeda, às margens da Rodovia Paulo Alves do Carmo, em Moeda. Durante os protestos houve distribuição de mudas de árvores.

Os ativistas são contrários às ações da mineradora Gerdau Açominas S/A, que explora a Mina Várzea do Lopes, às margens da Rodovia BR-040. A empresa tenta ampliar sua mina, o que reduziria a área de uma importante Unidade de Conservação da encosta da Serra da Moeda. Segundo os ambientalistas, a Gerdau invadiu uma área tombada dentro do Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda – MONA, que integra municípios de Moeda e Itabirito.

No ano passado, entidades ambientais de Moeda, Belo Vale e Brumadinho, através da Associação de Proteção do Patrimônio da Serra da Moeda, Serra Viva, entraram com uma Ação Civil Pública, na 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, contra a Gerdau, o IEF – Instituto Estadual de Florestas e Estado de Minas Gerais. As entidades pedem a paralisação das ações da Gerdau dentro do Monumento que, segundo os ambientalistas, vêm explorando a área de forma irregular desde 2017.

A Serra da Moeda está dentro Quadrilátero Ferrífero e possui inúmeras áreas de preservação arquitetônica, histórica, arqueológica, além de ser responsável pelo abastecimento de água de vários municípios da região e da bacia do Rio Paraopeba. Moeda é o único município da região que não autorizou as atividades minerárias na serra da Moeda.

Em nota, a Gerdau esclareceu que as suas operações de mineração na Mina de Várzea do Lopes, em Itabirito, observam total conformidade com as leis e licenças necessárias. A empresa reitera que monitora constantemente os recursos hídricos e os dados comprovam que suas operações não impactam as nascentes da Serra da Moeda. Por fim, a empresa disse que reconhece e respeita o direito à livre manifestação pacífica, e acredita que o diálogo e a construção conjunta são o melhor caminho para soluções que representem os interesses da maioria da população.

Imagens cedidas pelo movimento