Cuidados no outono evitam formação de varizes ou trombose

A amplitude térmica, com calor durante o dia e noites mais frias provocam a chamada vasoconstrição

Cada estação do ano provoca respectivas alterações no corpo humano e requerem adaptações específicas para prevenir doenças. A queda das temperaturas começa com o outono, alertando para os  cuidados especiais com a saúde vascular. A inconstância atinge diretamente a saúde vascular, afinal, durante o dia, com o calor, as veias tendem a dilatar, enquanto à noite, o oposto acontece, a chamada vasoconstrição.

Como explica o médico cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Josualdo Euzébio Silva, a dilatação pode provocar um inchaço nas pernas e pés e, em alguns casos, gerar pressão baixa e, dessa forma, existe o risco de causar uma tontura, ou até desmaio. Já em relação ao processo contrário, a compressão afeta diretamente a circulação sanguínea adequada para as extremidades, principalmente os membros inferiores, uma reação natural do corpo para manter a temperatura. O perigo está no desenvolvimento de varizes ou trombose.

As varizes são as finas veias formadas ao longo das pernas, de cor azulada, esverdeada, arroxeada ou avermelhada, provocando incômodos estéticos, mas também físicos, pelas dores e a sensação de cansaço no fim de um longo dia, sobretudo, se a pessoa passa longos períodos em pé ou sentada.

Já a trombose, é uma condição desenvolvida pela formação de coágulos de sangue, quando o líquido passa muito tempo no mesmo local. As varizes elevam a chance de desenvolvimento dessa condição, especialmente se associadas a fatores como ter mais de 60 anos, ser obeso, sedentário, fumar, estar grávida e o contato com baixas temperaturas.

A trombose é considerada preocupante por diversos fatores, como não apresentar sintomas no início, assim como a chance de culminar em uma embolia pulmonar, com potencial fatal.

A embolia ocorre quando o coágulo se desprende do  local de formação e se movimenta pelas veias em direção aos pulmões. Segundo Josualdo, nesta situação, a dor no peito, falta de ar, tosse (às vezes, acompanhada de sangue), ritmo cardíaco acelerado e desmaios são comuns, indicando a necessidade de um rápido atendimento especializado.

Fonte: Multi Comunicar/assessoria de comunicação