Estações de Tratamento devolvem água limpa ao Rio Paraopeba

Mais de 24 bilhões de litros de água pura já foram desenvolvidos ao rio. Mas, níveis de contaminação ainda são altos

Implantadas pela Vale, após o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em 2019, as Estações de Tratamento de água já devolveram mais de 24 bilhões de litros de água limpa ao Rio Paraopeba. De acordo com a Vale, as duas estações de tratamento instaladas na região de Brumadinho estão contribuindo para a recuperação da qualidade da bacia e sua biodiversidade.

Qualidade da água

A água é devolvida cinco vezes mais límpida, em média, que o limite legal de 100 NTUs estabelecido pelo Conama, conforme Resolução nº 357/2005. No mês passado, a Estação de Tratamento Iracema alcançou 20 bilhões de litros de água tratada enquanto a Estação de Tratamento Laginha já devolveu ao rio 4,2 bilhões de litros de água tratada.

A ETAF Iracema, que filtra a água do ribeirão Ferro-Carvão que contém os sedimentos da barragem B1, está em operação desde maio de 2019. Já a ETAF Laginha, que filtra a água relativa às atividades de dragagem no rio Paraopeba, entrou em atividade em outubro de 2019.

Situação do Rio Paraopeba

Apesar deste trabalho de tratamento, um estudo recente, publicado no último dia 3 de março pela Feam – Fundação Estadual do Meio Ambiente, mostra um aumento nas concentrações de turbidez, manganês total, ferro dissolvido, ferro total e alumínio dissolvido, principalmente no trecho 2 do Rio Paraopeba em Betim até o trecho 4 em Pompéu. Houve alterações nos parâmetros analisados também no trecho 1 a montante desde a confluência com o ribeirão Ferro-Carvão.

Mas, segundo o estudo feito pela Feam, os resultados estão relacionados a ocorrência de chuvas na região no início do mês de janeiro, que pode ter acarretado um aumento das vazões e o envolvimento do material que ainda encontra-se depositado no leito do rio, principalmente próximo ao local do rompimento da barragem. Ainda de acordo com o estudo, esses valores não estão relacionados com as atividades de dragagem feitas pela Vale, já que no período de coleta dos dados, não houve nenhuma ação no rio. As medições foram feitas entre 7 e 21 de janeiro.

Imagem: Divulgação Vale