Projeto com drones apoia no controle de 9,5 mil focos de dengue em Brumadinho

Parceria entre a Vale e a Prefeitura permite o monitoramento e tratamento de criadouros do mosquito

Mais de 9.500 criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e de outras doenças como zika e chikungunya já foram tratados em Brumadinho com o uso de drones. A parceria firmada entre a Prefeitura Municipal, representada pela Secretaria de Saúde, e a Vale tem permitido, desde setembro de 2019, o uso da tecnologia para o mapeamento de potenciais criadouros e posteriormente lançamento de larvicidas.

O projeto tem como objetivo apoiar e complementar as ações de prevenção e controle de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti já desenvolvidas pelo município. Os principais benefícios são a atuação em imóveis vazios e em locais de difícil acesso como telhas, lajes e caixas d’água.

Ao todo, 13 ciclos de atuação já foram realizados, com mapeamento de uma área aproximada 8.300 hectares.

Após os sobrevoos para captura das imagens, são identificados potenciais focos de reprodução do mosquito, basicamente estruturas que possibilitem o acúmulo de água. Após essa identificação, as localizações são repassadas à Secretaria Municipal de Saúde para o planejamento das ações. 

Quando é verificada a necessidade do uso do larvicida por via aérea, os drones sobrevoam novamente os locais para o lançamento. O produto utilizado é o mesmo utilizado pela Secretaria de Saúde do Município, recomendado pelo Ministério da Saúde, e não causa impacto ao meio ambiente.

“Essa parceria com a Vale foi muito importante para Brumadinho porque a área rural não entra na abrangência do programa federal. Então com a parceria conseguimos monitorar essas áreas rurais e diminuir o número de focos de dengue”, explica Silvania Silva Santos Souza, bióloga da Prefeitura de Brumadinho e referência técnica para o combate à dengue.

A parceria prevê o repasse de conhecimento para que o município tenha capacidade de atuar com autonomia no uso dos drones. 

Alerta
A dengue, a Zika e a Chikungunya são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, e constituem um importante problema de saúde pública no Brasil.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu recentemente um alerta sobre o alto número de casos de dengue nas Américas, e em especial, no Brasil, em 2023. Até julho, foram quase 3 milhões de casos suspeitos e confirmados. A quantidade supera o total de casos em todo o ano passado – 2,8 milhões.

O Brasil é um dos países mais afetados, e concentra 2,3 milhões de notificações, um aumento de 13% em comparação com o mesmo período do ano passado e de 73% em relação à média dos últimos cinco anos.

Créditos: Divulgação/Vale