Prefeitura de Brumadinho entrega cestas básicas com produtos vencidos

Prefeitura de Brumadinho entrega cestas básicas com produtos vencidos

Prefeitura de Brumadinho entrega cestas básicas com produtos vencidos. Contrato chega a quase 1 milhão de reais

A entrega de cestas básicas às famílias de alunos da rede municipal de ensino, ao invés de garantir uma certa tranquilidade alimentar aos país e alunos, durante o período de cancelamento das aulas, devido a Pandemia, causou foi medo, insegurança e revolta. Assim que abriram as cestas, alguns produtos estavam vencidos ou com as datas de validade adulteradas. Em algumas embalagens, por exemplo, de pacote de feijão, a data de validade era de agosto de 2019. Em outros pacotes foram identificadas a remarcação do prazo de validade, com carimbo de dezembro de 2020. Fato é que, mesmo com essa remarcação, ainda era visível a validade anterior, que era de 2019, no mesmo produto.

A cesta pequena contém aproximadamente 18 itens, sendo: 2 pacotes de biscoito, 1 saco de arroz 5kg, 2 kg feijão,1 saco de açúcar pequeno de 2kg, 1 pacote de café 500g, 2 pacote de Macarrão 500g, 1 extrato de Massa de tomate, 1 pacote de Leite em pó, 1 pacote de fubá, 2 litros de óleo, 1 pacote de farinha de mandioca e duas lata de Sardinha.

O licitação de compra das cestas é de R$ 831.972,00, quase 1 milhão de reais. A vencedora da licitação é a empresa Comercial Rezende Eireli de Brumadinho. Segundo a Prefeitura foram compradas 11.400 cestas. Informações apuradas apontam que cada cesta básica teria custado mais mais de 72 reais.

De acordo com a própria assessoria da Prefeitura, em um vídeo gravado logo após a divulgação das informações nas redes sociais, uma auditoria será feita hoje para verificar as irregularidades.

No início desta semana já havia circulado nas redes sociais o uso político eleitoreiro de entregas das cestas. Um cidadão usou da simplicidade de um senhor e gravou um vídeo entregando a cesta e pedindo para que ele agradecesse o Prefeito Nenen da Asa.

Resta saber agora quem irá assumir a culpa. O que farão as autoridades sanitárias? E a Câmara Municipal, o que fará a respeito destas denúncias? O Ministério Público precisa pedir esclarecimentos sobre esses fatos. Além disso, perguntamos também: o que foi feitos com os alimentos comprados no início do ano, que seria para abastecer as escolas antes da interrupção das aulas?