Gente feliz não enche o saco dos outros

 “Quanto menor a nossa preocupação com o que os outros pensam a nosso respeito maior será a nossa qualidade de vida!”

Coluna do João Relâmpago

Queridos leitores, meu caloroso abraço! O título deste artigo, coincidentemente, também foi utilizado pela escritora Erika Linhares em sua obra lançada pela editora Best Business.
Confesso que não sou adepto a livros de autoajuda e tenho certo ranço com autores que pensam que podemos vencer a depressão, a ansiedade, o medo, as nossas angústias, memórias afetivas, ou nos tornamos líderes e pessoas melhores ou bem sucedidas por meio de receitas de bolo e de palavras de incentivo.

Contudo, embora eu não tenho lido a obra da querida colega Erika, eu concordo com a mesma em gênero, número e grau: gente feliz não enche o saco dos outros. Isto é fato e não há como negarmos. Uma verdade nua e crua! Doa a quem doer!

Afinal de contas, quem é feliz não está nem um pouco preocupado com o que as pessoas pensam a seu respeito, com o que os outros têm ou a posição que ocupam, com o número de seguidores nas redes sociais dos influenciadores, celebridades ou pseudo celebridades e o principal: não fazem comparações, uma vez que são dotados de lucidez que os orientam a entender que cada um tem aquilo que merece, de acordo com as escolhas que são realizadas durante a vida.

Certa vez escrevi em minhas redes que “Quanto menor a nossa preocupação com o que os outros pensam a nosso respeito maior será a nossa qualidade de vida!”. E a partir daí comecei a usar esta frase quase que como um mantra e me orgulho em dizer que muitos também começaram a adotar esta prática.

Afinal de contas, o que verdadeiramente importa para as pessoas felizes são coisas bem mais relevantes, emotivas e concretas e que dizem respeito somente a elas mesmas.
Como bem dizia a minha querida e saudosa vó, a eterna “Mãe Paraminense” e sábia Dona Nonody: “O que é dos outros é dos outros e não nos pertence!”. Creio que ela não tinha a noção real, antropológica e semiótica destas palavras até mesmo pela simplicidade que sempre pautou a sua trajetória.

Além disto, ela realizou a passagem no final dos anos 1990 e, na época, a internet era uma ferramenta utilizada por um seleto grupo.
Décadas mais tarde, com o advento e ascensão das redes sociais, a frase de Dona Nonody poderia ser de fundamental importância e bem que poderia chegar a todos os confins do planeta, já que, nos dias atuais, muitos direcionam todas as suas aspirações, anseios, idealizações e modelos de comportamento por meio do conteúdo que recebem e são entregues a milhões de pessoas, devido à notoriedade e a importância que ganham dos seguidores.

Eu costumo dizer que as pessoas realmente felizes são aquelas que eu conoto como “livres”. E neste caso a palavra liberdade não está condicionada a um significado simplista de ir e vir.

Eu falo da liberdade moral, mental e espiritual. Aquela que pode chegar, se assim desejarmos, com a maturidade, com o exercício diário da mente e com o passar do tempo, de darmos menos valor à opinião do outro, principalmente quando não nos diz respeito, respeitarmos as diferenças e individualidades e, sobretudo, focarmos naquilo que DEUS previu para a nossa vida e entendermos que o maior legado que podemos deixar para todos na nossa curta passagem pela Terra, são os valores morais, éticos, a nossa indignação com as injustiças sociais, a caridade com o irmão que precisa da nossa ajuda, a benevolência, a capacidade de entender as dores do mundo e jamais nos ausentarmos ou sermos omissos da nossa responsabilidade de sermos partícipes da sociedade.

Além disto, que, de fato, fomos o ser humano que poderíamos ter sido. Não encomizamos no nosso processo de ser “gente”. De ser “pessoa”. De construirmos a nossa própria história, na qual fomos o ator principal e não o coadjuvante, e não perdermos o nosso precioso tempo com bobagens ou coisas fúteis.

Como eterno aprendiz eu ouso dizer que a verdadeira riqueza não está em carros e bebidas importadas, apartamentos e casas luxuosas, salários ou cachês vultosos ou até mesmo ser conhecido de muitos, ter fama ou milhões de seguidores.

Ser feliz é poder colocar a cabeça no travesseiro todas as noites e identificamos que estamos sendo felizes mesmo com as nossas lutas, as nossas mazelas e limites e que temos saúde, fé, coragem e nunca deixamos de esperançar para seguir em frente e não desistir nunca dos nossos projetos de vida, dos nossos sonhos e de tudo aquilo que somos capazes de realizar enquanto o sangue correr em nossas veias.

Tudo isto já ocupa o nosso tempo e a nossa mente com vibrações e pensamentos positivos e não nos restará tempo para encher o saco daqueles que, por ventura, conseguiram notoriedade, dinheiro e fama. Isto não nos torna menores ou inferiores! Principalmente aos olhos do CRIADOR! Esta é a nossa opinião!