Hemangioma: crianças podem desenvolver a doença, algumas de forma grave

No dia de conscientização, 15 de maio, especialistas alertam pais sobre os cuidados e a necessidade de acompanhamento profissional

Pode parecer inacreditável, mas a verdade é que crianças também podem sofrer com problemas nas veias, assim como adultos e, de uma doença pouco conhecida: o Hemangioma. A data para conscientização sobre essa patologia acontece nesta semana, alertando que a condição é comum, após os 18 anos, mas também pode ocorrer  entre mais jovens, sendo necessário um acompanhamento profissional.

O médico cirurgião vascular, membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, Josualdo Euzébio Silva, explica que a patologia provoca o crescimento dos vasos sanguíneos de forma excessiva e anormal, podendo se desenvolver como nódulos avermelhados ou roxos na pele, em diferentes partes do corpo. O hemangioma infantil é acompanhado do termo “morango” para identificar o grupo e suas características. Para se ter uma ideia, de 10% a 12% dos bebês, com até 1 ano de idade, serão afetados, sendo uma das lesões mais comuns.  Normalmente, os sinais surgem após o nascimento e crescem durante o primeiro ano de vida, até regredirem e, aos 7 anos, a estimativa é que 70% já tenham sumido e, aos 10 anos, completamente desaparecidos. Contudo, apesar da regressão dos sintomas, os indícios de que existiram, como a presença de coloração anormal na pele e cicatrizes, podem permanecer. 

Ele ainda alerta que o problema não provoca dor, e por sumir com o tempo, nem sempre é tratado, sendo acompanhado e, se começa a crescer e atrapalhar, uma intervenção pode ser indicada. Em alguns casos, apenas rompem e sangram, mas, aqueles que surgem ao redor do olho, por exemplo, podem crescer e prejudicar a visão, sendo necessário controlar para evitar a cegueira.

A sociedade médica ainda desconhece as causas do Hemangioma, porém, acredita-se que grande parte dos casos aconteça pelas proteínas, produzidas na placenta durante a gestação, além da genética e o bebê ser prematuro ou do sexo feminino.